quinta-feira, 13 de outubro de 2011

II Guerra Mundial - Depoimento de um soldado

Como era a vida na Suíça na época da 2a Guerra Mundial?

A pergunta é respondida por 555 depoimentos pessoais gravados em vídeo, agora exibidos em exposição itinerante.
Refugiados, pessoas comuns, judeus, ex-soldados, espiões, simpatizantes do nazismo ou vítimas falam sobre o período em que a Suíça quase cessou de existir.
Um dos períodos mais dramáticos na história helvética começou em 30 de janeiro de 1933. Na distante Berlim, Adolf Hitler acabava de ser nomeado chanceler da Alemanha.
Para grande parte dos suíços essa mudança no cenário político do grande vizinho do norte não representava uma grande mudança nas suas vidas. Porém em 1o de setembro de 1939, quando as tropas nazistas invadiram a Polônia iniciando a Segunda Guerra Mundial, tudo mudou.
Nunca a sobrevivência da Suíça foi tão ameaçada como durante os quase seis anos de duração do conflito. Para se defender ela mobilizou seus soldados, se armou até os dentes e esperou uma invasão das tropas nazistas, que acabou nunca ocorrendo.
Sessenta anos depois que os canhões se silenciaram, alguns desses suíços decidiram contar o que viveram. Tudo foi gravado em vídeo, material que é agora exibido numa exposição intitulada “L’Histoire c’est moi – 555 versões da história suíça entre 1939 e 1945”.

Curto documentário sobre a Segunda Guerra Mundial

Filme - Marcas da Guerra (Fateless)

Um jovem húngaro cresce no campo de concentração Buchenwald durante a II Guerra Mundial.
György Köves tem 14 anos e é filho de um mercador que foi enviado a um campo de trabalhos forçados.




Depois da partida de seu pai, György consegue trabalho numa olaria; seu ônibus é interceptado e os passageiros judeus mandados para os campos.


Lá, György encontra camaradagem, sofrimento, crueldade, doenças e morte. Ele atende a recomendação de preservar sua dignidade e auto-estima. Ele descobre o ódio. Se ele sobreviver e retornar a Budapeste, o que encontrará? O que é natural, o que é ser um Judeu?

Livros para entender a Segunda Guerra Mundial

A livraria Amazon listou 54.673 livros sobre a Segunda Guerra. Impossível ler tudo. Impossível ler 10%

No dia 1º de setembro, numa terça-feira, faz 70 anos que começou a Segunda Guerra Mundial, terminada em maio de 1945 (no cenário europeu). Por isso as editoras brasileiras estão lançando tantos livros sobre o assunto.

“Europa na Guerra — 1939-1945” (Record, 599 páginas, tradução de Vitor Paolozzi), do historiador inglês Norman Davies, conta a história da Segunda Guerra sob novo prisma, realçando a decisiva participação dos soviéticos e a omissão dos líderes ocidentais em relação aos abusos do stalinismo. Davies apresenta, nas últimas páginas, e mesmo durante a maior parte do livro, uma discussão muito interessante sobre a historiografia da guerra.

Laurence Rees é autor do notável “Stálin, os Nazistas e o Ocidente” (Larousse, 567 páginas, tradução de Luis Fragoso). Mostra que os erros absurdos de Stálin, que, em determinado momento, teve medo de ser liquidado por seus camaradas, e a vitalidade dos soldados russos. O comprometimento de Stálin com Hitler e o nazismo foi muito maior do que em geral é descrito noutros livros de história.

Rees apresenta uma história pouco citada: quando Stálin quis matar Jukov, o exército reagiu, e o ditador apenas o transferiu para uma província distante. Rees escreve, muito bem, sobre o massacre de Katyn e outros, sobre a deportação dos tártaros, outro capítulo da Segunda Guerra pouco mencionado nos livros de história. O historiador inglês também apresenta fartos dados e prova como Churchill e Roosevelt (este provou ser indiferente ao destino dos poloneses. Harry Hopkins, um homem admirável, também fica muito mal, pois parece ter sido seduzido por Stálin) praticamente entregaram a Polônia a Stálin.

“Os Três Grandes — Churchill, Roosevelt & Stálin Ganharam Uma Guerra e Começaram Outra” (Nova Fronteira, 487 páginas, tradução de Gleuber Vieira), de Jonahtan Fenby, ainda não li, mas é um livro elogiado, talvez por ser escrito num tom mais jornalístico. Pouco citado, mas muito bom, é “Os Senhores da Guerra — Hitler, Stálin, Churchill e Roosevelt” (Record, 447 páginas, tradução de Vitor Paolozzi), de Simon Berthon e Joanna Potts.

Falta traduzir muita coisa, como “A Grande Enciclopédia Soviética”, que saiu em inglês em 1970. É um ponto de partida, segundo Davies, para conhecer a versão soviética da guerra. “The Road to Stalingrad” (de 1975) e “The Road to Berlim”, de John Erickson, são pró-soviéticos.

De Richard Evans falta publicar “The Coming of the Third Reich” (2003); de Michael Burleigh, ‘The Third Reich: A New History” (2000). Não chegou ao Brasil “The Dictators: Hitler’s Germany e Stalin’s Russia” (2004), de Richard Overy. Davies diz que o livro é “excelente”. “Ivan’s War” (2005), de Catherine Merridale, ainda não ganhou tradução. De Gerhard Weinberg falta editar “A World at Arms” (1994). Trata-se um livro importante, segundo Davies (que faz apenas uma ressalva).

Para Davies, “Armaggedon, 1944-5” (2005), de Max Hasting, é um livro importante. Hasting também é autor de “Overlord”.

Davies diz que “Stálin — A Corte do Czar Vermelho” (2003), de Simon Sebag Montefiore, “abrirá muitos olhos”. Este saiu pela Companhia das Letras. “Gulag”, de Anne Applebaum, é apresentado por Davies como “soberbo”. Saiu, no Brasil, pela Ediouro. Para quem ainda não internalizou os crimes do stalinismo como semelhantes aos crimes do nazismo, o livro de Applebaum, rigorosamente documentado, com dados recuperados nos arquivos do governo soviético, é fundamental. “The Great Terror: A Re-Assessment” (1992), de Robert Conquest, não saiu em português. Mas a versão anterior, muito boa, saiu pela Expressão e Cultura com o título de “O Grande Terror” (o leitor pode conseguir um exemplo no sitewww.estantevirtual.com.br). Conquest foi pioneiro na apresentação documentada dos crimes stalinistas. Foi muito atacado, mas a história deu-lhe razão.

Um dos historiadores mais elogiados por Davies é o inglês Antony Beevor, autor de vários livros publicados no Brasil. Davies cita “Stalingrado” (Record) e “Berlim 1945: A Queda” (Record, 600 páginas, tradução de Maria Beatriz de Medina). A selvageria dos soviéticos é fartamente documentada. Faltou citar o excepcional “Creta: A Batalha e Resistência na Segunda Guerra Mundial — 1941-1945” (Record, 460 páginas, tradução de Maria Beatriz de Medina, com revisão técnica de Márcio Scalercio).

“O Longo Inverno — A Batalha do Bulge e a História do Pelotão Mais Condecorado da Segunda Guerra Mundial” (Record, 347), de Alex Kershaw, é muito bom, mas, salvo engano, passou batido na mídia brasileira.

Até o fim do ano, deve sair, pela Companhia das Letras, a biografia de Hitler escrita pelo historiador Ian Kershaw. É a mais equilibrada e atualizada biografia do líder nazista. Tenho a edição espanhola, em dois volumes. Li que a Companhia das Letras vai publicar num só volume. Espero que não fique um volumão difícil de ser manuseado, com letras pequenas, sem fotografias e notas. Dois aperitivos de Kershaw: os magníficos “Hitler — Perfil do Poder” (Jorge Zahar, 254 páginas) e “Dez Decisões Que Mudaram o Mundo — 1940-1941” (Companhia das Letras, 687 páginas, tradução de Berilo Vargas, Celso Mauro Paciornik, Clóvis Marques e Fernanda Abreu).

Se o leitor quiser saber mais sobre o nazista-chefe deve consultar “O Hitler da História” (Jorge Zahar Editor, 250 páginas), de John Lukacs. Trata-se de um balanço do que se publicou de mais importante sobre Hitler.

Mein Kampf

Mein Kampf é o título do livro de dois volumes de autoria de Adolf Hitler, no qual ele expressou suas ideias anti-semitas, racialistas e nacional-socialistas então adotadas pelopartido nazista. O primeiro volume foi escrito na prisão e editado em 1925, o segundo foi escrito por Hitler fora da prisão e editado em 1926. Mein Kampf tornou-se um guia ideológico e de ação para os nazistas, e ainda hoje influencia os neonazistas, sendo chamado por alguns de "Bíblia Nazista".

É importante ressaltar que as ideias propostas em Mein Kampf não surgiram com Hitler, mas são oriundas de teorias e argumentos então correntes na Europa. Na Alemanha nazista, era uma exigência não oficial possuir o livro. Era comum presentear o livro a crianças recém-nascidas, ou como presente de casamento. Todos os estudantes o recebiam na sua formatura.

Mapa mundial dos impérios coloniais no final da Segunda Guerra Mundial em 1945

Com o fim da guerra, guerras de libertação nacional se espalharam pelo mundo, levando à criação de Israel e à descolonização da Ásia e da África.

Fotos impressionantes mostram o antes e depois da Segunda Guerra Mundial


Quando as forças aliadas desembarcaram na região da Normandia, em 6 de junho de 1944, libertando os cidadãos franceses da ocupação alemã, centenas de vidas humanas e parte da cidade também foram destruídas.


Algumas pessoas podem ver assombrosas lembranças dos horrores da guerra, mesmo tendo se passado 65 anos.


As imagens incluem lugares como Bernieres-sur-Mer, onde uma unidade da infantaria francesa participou de combates violentos, destruindo grande parte da cidade. Levou 14 anos para reconstruir tudo.


Surpreendentemente, muitos destes prédios foram recriados até o mínimo detalhe, deixando-os como se estivessem congelados no tempo.

Discurso de Hitler

Discurso de Hitler para 200 mil crianças da Juventude Hitlerista, em 1934.

Desfile nazista após vitória na Polônia

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Ditadores : Benito Mussolini


Benito Amilcare Andrea Mussolini foi um político italiano que liderou o Partido Nacional Fascista e é creditado como sendo uma das figuras-chave na criação do Fascismo.
Usando as suas milícias (chamadas de camicie nere (camisas negras) para instigar o terror e combater abertamente os socialistas, conseguiu que os poderes investidos o nomeassem para formar governo. Foi nomeado Primeiro Ministro pelo rei Vítor Manuel III, alcançando a maioria parlamentar e, consequentemente, poderes absolutos no governo do país.
Logo após a sua subida ao poder, iniciou uma campanha de fanatização que culminaria com o aumento do seu poder, devido à interdição dos restantes partidos políticos e sindicatos. Nessa campanha foi apoiado pela burguesia e pela Igreja. Em 1929, necessitando de apoio desta e dos católicos, pôs fim à Questão Romana (conflito entre os Papas e o Estado italiano) assinando a Concordata de São João Latrão com Pio XI.

Por esse tratado, firmou-se um acordo pelo qual se criava o Estado do Vaticano, o Sumo Pontífice recebia indemnização monetária pelas perdas territoriais, o ensino religioso era obrigatório nas escolas italianas, o catolicismo virava a religião oficial da Itália e se proibia a admissão em cargos públicos dos sacerdotes que abandonassem a batina.

Somente então aliou-se de fato a Adolf Hitler, com quem firmaria vários tratados. Em 1936, assinou com o Führer e com o Japão o Pacto Tripartite, pelo qual Alemanha nazista, Itália e Japão formavam uma aliança político-militar que levaria o mundo à Segunda Guerra Mundial.


Quem foi Adolf Hitler

Adolf Hitler, líder do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, também conhecido como Partido Nazi,ou Partido Nazista,uma abreviatura do nome em alemão (Nationalsozialistische) .
O ditador alemão, nasceu em 1889 na Áustria. Filho de Alois Hitler e Klara Poezl, alistou-se voluntariamente no exército bávaro no começo da Primeira Guerra Mundial. Tornou-se cabo e ganhou duas vezes a Cruz de Ferro por bravura.


Em 1921, tornou-se líder dos nazistas e, dois anos mais tarde, organizou uma malograda insurreição, o "putsch" de Munique. Durante os meses que passou na prisão com Rudolph Hess, Hitler ditou o "Mein Kampf" (Minha Luta), um manifesto político no qual detalhou a necessidade alemã de se rearmar, empenhar-se na auto-suficiência econômica, suprimir o sindicalismo e o comunismo, e exterminar a minoria judaica.

Hitler seguia táticas "intuitivas", indo contra conselhos de especialistas militares, e no princípio obteve vitórias maciças. Em 1941, assumiu o controle direto das forças armadas. Como o curso da guerra mostrou-se desfavorável à Alemanha, decidiu intensificar o assassinato em massa, que culminou com o holocausto judeu.

Ainda em 1945, quando o exército soviético entrou em Berlim, Hitler se casou com a amante, Eva Braun. Há evidências de que os dois cometeram suicídio e tiveram seus corpos queimados em um abrigo subterrâneo em 1945.

II Guerra Mundial

Ficheiro:Infobox collage for WWII.PNG

A Segunda Guerra Mundial ou II Guerra Mundial foi um conflito militar global que durou de 1939 a 1945, envolvendo a maioria das nações do mundo – incluindo todas as grandes potências – organizadas em duas alianças militares opostas: os Aliados e o Eixo. Foi a guerra mais abrangente da história, com mais de 100 milhões de militares mobilizados. Em estado de "guerra total", os principais envolvidos dedicaram toda sua capacidade econômica, industrial e científica a serviço dos esforços de guerra, deixando de lado a distinção entre recursos civis e militares. Marcado por um número significante de ataques contra civis, incluindo o Holocausto e a única vez em que armas nucleares foram utilizadas em combate, foi o conflito mais letal da história da humanidade, com mais de setenta milhões de mortos.

Geralmente considera-se o ponto inicial da guerra como sendo a invasão da Polônia pela Alemanha Nazista em 1 de setembro de 1939 e subsequentes declarações de guerra contra a Alemanha pela França e pela maioria dos países do Império Britânico e do Commonwealth. Alguns países já estavam em guerra nesta época, como Etiópia e Itália na Segunda Guerra Ítalo-Etíope e China e Japão na Segunda Guerra Sino-Japonesa. Muitos dos que não se envolveram inicialmente acabaram aderindo ao conflito em resposta a eventos como a invasão da União Soviética pelos alemães e os ataques japoneses contra as forças dos Estados Unidos no Pacífico em Pearl Harbor e em colônias ultramarítimas britânicas, que resultou em declarações de guerra contra o Japão pelos EUA, Países Baixos e o Commonwealth Britânico.

A guerra terminou com a vitória dos Aliados em 1945, alterando significativamente o alinhamento político e a estrutura social mundial. Enquanto a Organização das Nações Unidas era estabelecida para estimular a cooperação global e evitar futuros conflitos, a União Soviética e os Estados Unidos emergiam como superpotências rivais, preparando o terreno para uma Guerra Fria que se estenderia pelos próximos quarenta e seis anos. Nesse interim, a aceitação do princípio de autodeterminação acelerou movimentos de descolonização na Ásia e na África, enquanto a Europa ocidental dava início a um movimento de recuperação econômica e integração política.
Eventos pré-guerra


A Primeira Guerra Mundial - "feita para pôr fim a todas as guerras" - foi o ponto de partida de novos e irreconciliáveis conflitos, pois o Tratado de Versalhes disseminou entre os alemães um forte sentimento nacionalista, que culminou no totalitarismo nazi-fascista. As contradições se aguçaram com os efeitos da Grande Depressão, e nesse cenário surgiram e se consolidaram vários regimes totalitários na Europa. O germânico de origem austríaca Adolf Hitler - criador do Partido Nazista, que se tornara o Führer do Terceiro Reich - defendia que a Alemanha necessitava mais espaço vital, ou Lebensraum, e pretendia conquistá-lo na Europa Oriental. Esta política, ao lado da contraposição ideológica, o levaria cedo ou tarde a um confronto de grandes proporções com a URSS.


Valendo-se da Política de apaziguamento praticada pela Grã-Bretanha do Primeiro-ministro Neville Chamberlain e secundada pela França do presidente Édouard Daladier, Hitler conseguiu, inicialmente, concretizar uma série espantosa de conquistas incruentas: remilitarizou a Renânia, anexou a Áustria, e incorporou os Sudetos, destruindo a Tchecoslováquia. Mas quando avançou sobre a Polônia, os ingleses e franceses reagiram, iniciando-se a Segunda Guerra Mundial.

Hitler na rota da expansão

Logo após o abandono da Liga das Nações (que já se ressentia da ausência dos Estados Unidos e URSS) pelo Japão, foi a vez da Alemanha retirar-se. Anunciando a saída da representação germânica, Hitler declarou que o não desarmamento das outras nações obrigava a Alemanha àquela forma de protesto. Embora na realidade ele simplesmente desejasse furtar-se às peias que a Liga das Nações poderia opor à sua política militarista, o Führer teve o cuidado de reiterar os propósitos pacifistas de seu governo. Aliás, nos anos seguintes, Hitler proclamaria suas intenções conciliatórias em várias oportunidades, como meio de acobertar objetivos expansionistas.

O nazismo fortalecia-se rapidamente na Alemanha. Hitler precisava do apoio de Reichswehr para realizar o rearmamento alemão, mas a maioria dos generais mantivera-se até então numa atitude de expectativa em relação ao novo governo. A pretensão da SA, manifestada por seus chefes em múltiplas ocasiões, de se transformarem em exército nacional, horrorizava os militares profissionais, educados na Escola von Seeckt. Parecia-lhes um absurdo entregar aquela pequena, mas eficientíssima máquina, que era Reichswehr, nas mãos dos turbulentos "camisas pardas", acostumados apenas a combates de rua. Hitler inclinava-se a dar razão aos generais, o que vinha contra os interesses dos membros da SA mais radicais. Em alguns círculos da milícia nazista, já se falava na necessidade de uma segunda revolução que restituísse ao Partido o ímpeto inicial.

Ficheiro:Benito Mussolini and Adolf Hitler.jpg

O capitão Ernst Röhm, grande influenciador das tropas de choque nazistas, a SA, passou então a não só se mostrar mais radical ao Führer, mas ainda a incentivar a deposição de Adolf Hitler e fazer então um novo Putsch. Heinrich Himmler, chefe da SS, que na época era apenas uma subdivisão da SA, entregou a Hitler provas dos planos elaborados por Röhm - uma tentativa de assassinato a todos os grandes nomes do partido nazista, que, segundo os próprios planos, seria conhecido como Noite das facas longas.
Por ordem expressa do Führer, foram realizadas execuções sumárias, realizadas pela SS e pela SD, na noite de 29 para 30 de Junho de 1934. Por ironia, Adolf Hitler deu às execuções o próprio nome idealizado por Röhm, Noite das Facas Longas. Quase todos os líderes da SA, a começar por seu chefe, o Capitão Ernst Röhm, foram passados pelas armas, juntamente com alguns políticos oposicionistas e o General von Schleicher (Kurt, 1882-1934), que era o maior opositor a Hitler no seio da Reichswehr. Tal decisão provocou a morte de algumas centenas de pessoas, muitas das quais eram fiéis do Partido, desde longa data.

Com essas execuções, o Führer atingiu um duplo objetivo: extinguiu os gérmenes da rebelião entre os SA, desde então reduzidos a um papel meramente decorativo, e deu aos generais uma sangrenta garantia de que pretendia conservá-los na direção da Reichswehr. O expurgo fora levado a cabo pela SS, tropas de elite do Partido, ligadas a Hitler por um juramento especial. Esse corpo de homens selecionados, formando uma verdadeira guarda do regime, iniciou naquele dia a ascensão que iria levá-lo, sob a chefia de Heinrich Himmler, ao controle total da vida alemã, em nome de Hitler. Em 1945, quase um milhão de homens tinha envergado o uniforme negro com a insígnia da caveira, partindo de um núcleo que em 1929 contava com apenas 280 elementos.

A Noite das Facas Longas fez a Reichswehr cerrar fileiras em torno de Hitler, que, reforçado por tal sustentáculo, pode então se dedicar a seus planos longamente acalentados.

A primeira tentativa expansionista do III Reich fracassou. Desde sua ascensão ao poder, Hitler vinha incentivando o desenvolvimento de um partido nazista austríaco, como base para uma posterior anexação da Áustria à Alemanha. Nessa época, os austríacos estavam sob o governo ditatorial do chanceler católico Engelbert Dollfuss, inquebrantável defensor da independência de seu país. Em 27 de Julho de 1934, Dollfuss foi assassinado em Viena, por um grupo de nazistas sublevados. Mussolini, temendo que os alemães ocupassem a Áustria, enviou tropas para a fronteira, enquanto a Europa era sacudida por um frêmito de indignação contra a Alemanha. Hitler, porém, recuou, negando qualquer conivência com os conspiradores austríacos. Dollfuss foi sucedido por von Schuschnigg (Kurt Edler, n. 1897), que continuou a política conservadora e nacionalista de seu antecessor.

Pós-guerra

Ficheiro:Bundesarchiv Bild 183-14059-0018, Berlin, Oberbefehlshaber der vier Verbündeten.jpg


Os Comandantes Supremos em 5 de junho de 1945 em Berlim: Bernard Montgomery, Dwight D. Eisenhower, Georgy Zhukov e Jean de Lattre de Tassigny.
Os aliados estabeleceram administrações de ocupação na Áustria e na Alemanha. O primeiro se tornou um estado neutro, não alinhado com qualquer bloco político. O último foi dividido em zonas de ocupação ocidentais e orientais controlada pelos Aliados Ocidentais e pela União Soviética, em conformidade. Um programa de "desnazificação" da Alemanha levou à condenação de criminosos de guerra nazistas e a remoção de ex-nazistas do poder, ainda que esta política se mudou para a anistia e a reintegração dos ex-nazistas na sociedade da Alemanha Ocidental. A Alemanha perdeu um quarto dos seus territórios pré-guerra (1937), os territórios orientais: Silésia, Neumark e a maior parte da Pomerânia foram assumidos pela Polônia; Prússia Oriental foi dividida entre a Polônia e a URSS, seguido pela expulsão de 9 milhões de alemães dessas províncias, bem como 3 milhões de alemães dos Sudetos, na Tchecoslováquia, para a Alemanha. Na década de 1950, um em cada 5 habitantes da Alemanha Ocidental era um refugiado do leste. A URSS também assumiu as províncias polonesas a leste da linha Curzon (dos quais 2 milhões de poloneses foram expulsos), leste da Romênia, e parte do leste da Finlândia e três países Bálticos.

Ficheiro:Churchill waves to crowds.jpg


O primeiro-ministro Winston Churchill profere o sinal de "Vitória" para multidões em Londres, no Dia da Vitória na Europa.
Em um esforço para manter a paz, os Aliados formaram a Organização das Nações Unidas, que oficialmente passou a existir em 24 de outubro de 1945, e aprovaram a Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948, como um padrão comum para todas as nações-membro. A aliança entre os Aliados Ocidentais e a União Soviética havia começado a deteriorar-se ainda antes da guerra, a Alemanha havia sido dividida de facto e dois estados independentes, a República Federal da Alemanha e a República Democrática Alemã, foram criados dentro das fronteiras das zonas de ocupação dos Aliados e dos Soviéticos, em conformidade. O resto da Europa também foi dividido em esferas de influência ocidentais e soviética. A maioria dos países europeus orientais e centrais ficaram sob a esfera soviética, o que levou à criação de regimes comunistas, com o apoio total ou parcial das autoridades de ocupação soviética. Como resultado, a Polônia, Hungria, Tchecoslováquia, Romênia, Albânia, e a Alemanha Oriental tornaram-se Estados satélite dos soviéticos. A Iugoslávia comunista realizou uma política totalmente independente, o que causou tensão com a URSS.
A divisão pós-guerra do mundo foi formalizada por duas alianças militares internacionais, a OTAN, liderada pelos Estados Unidos, e o Pacto de Varsóvia, liderado pela União Soviética; o longo período de tensões políticas e militares da concorrência entre esses dois grupos, a Guerra Fria, seria acompanhado de uma corrida armamentista sem precedentes e guerras por procuração.

Na Ásia, os Estados Unidos ocuparam o Japão e administraram as antigas ilhas do Japão no Pacífico Ocidental, enquanto os soviéticos anexaram a ilha Sacalina e as ilhas Curilas. A Coreia, anteriormente sob o governo japonês, foi dividida e ocupada pelos Estados Unidos no Sul e pela União Soviética no Norte entre 1945 e 1948. Repúblicas separadas surgiram em ambos os lados do paralelo 38, em 1948, afirmando ser o governo legítimo de toda a Coreia, o que levou a Guerra da Coreia. Na China, forças nacionalistas e comunistas retomaram a guerra civil em junho de 1946. As forças comunistas foram vitoriosas e estabeleceram a República Popular da China no continente, enquanto as forças nacionalistas fugiram para a ilha de Taiwan em 1949 e fundaram a República da China. No Oriente Médio, a rejeição árabe ao Plano de Partilha da Palestina da Organização das Nações Unidas e à criação de Israel, marcou a escalada do conflito árabe-israelense. Enquanto as potências coloniais europeias tentaram reter parte ou a totalidade de seus impérios coloniais, a sua perda de prestígio e de recursos durante a guerra fracassou seus objetivos, levando a descolonização.

A economia mundial sofreu muito com a guerra, embora os participantes da Segunda Guerra Mundial tenham sido afetados de forma diferente. Os Estados Unidos emergiram muito mais ricos do que qualquer outro país; no país aconteceu o "baby boom" em 1950, seu produto interno bruto (PIB) per capita o maior do mundo e dominou a economia mundial. O Reino Unido e os Estados Unidos implementaram uma política de desarmamento industrial na Alemanha Ocidental nos anos 1945-1948. Devido à interdependência do comércio internacional, este levou à estagnação da economia europeia e o atraso, em vários anos, da recuperação europeia. A recuperação começou com a reforma monetária de meados de 1948 na Alemanha Ocidental e foi acelerada pela liberalização da política econômica europeia, que o Plano Marshall (1948-1951) causou tanto direta quanto indiretamente. A recuperação pós-1948 da Alemanha Ocidental foi chamada de milagre econômico alemão. Além disso, as economias italiana e francesa também se recuperaram. Em contrapartida, o Reino Unido estava em um estado de ruína econômica e entrou em relativo declínio econômico contínuo ao longo de décadas. A União Soviética, apesar dos enormes prejuízos humanos e materiais, também experimentou um rápido aumento da produção no pós-guerra imediato. O Japão passou por um crescimento econômico incrivelmente rápido, tornando-se uma das economias mais poderosas do mundo na década de 1980. A China voltou a sua produção industrial de pré-guerra em 1952.